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terça-feira, 3 de abril de 2012

Entrevista do mestre para a Bild.de

Manson, você se acha um vilão como pensam que você é?

“Um vilão não é um criminoso como todo mundo pensa. E nem quer ser um. Um cara mau quebra todas as regras por que ele acredita em algo. Um vilão é um rebelde que não desiste. Esse sou eu.”

Porque as pessoas têm medo de você?

Manson pensa: “A maioria das pessoas acham que não sinto nada. Elas criaram suas próprias imagens sobre mim, uma idéia do que eu poderia ser. As pessoas têm medo de coisas que elas não entendem. Quem me conhece, apenas sente ameaçado(a) quando percebe que quero proteger algo próximo a mim.”

O que acontece, então?

“Me transformo em um macho. Eu sei que soa engraçado quando dito por alguém que usa batons. Mas posso me tornar um criminoso. Eu sou inteligente o suficiente para saber que não vale à pena, acabaria morto ou na cadeia. Então, não poderia proteger as pessoas próximas a mim. Mas, eu não tenho medo de quebrar as regras.”

Do que você tem medo?

“Eu não tenho medo de nada mais além de mim mesmo. Antes eu já havia dito que tinha medo de não ser capaz de ser criativo, mas já passou. Se tenho medo de alguma coisa, pergunto-me a causa. Viver com medo é uma absoluta estupidez.”

Você tem medo da morte?

“Não, eu irei morrer de qualquer maneira, nós todos iremos. Mas tudo que sei é que ainda não quero morrer.”

Sua casa é tão escura quanto aqui?

“Geralmente. Eu moro em Los Angeles, em cima de uma loja de bebidas, em um antigo estúdio de dança. Não é particularmente grande. Levei apenas meus livros, filmes, material de arte, guitarras e minha gata. As paredes são brancas, o carpete preto. Um pouco como ‘O Psicopata Americano’. Meu apartamento é como um parque de diversão para meus amigos. Lá eu posso ser criativo. Meus amigos me visitam nos finais de semana.”

Como é sua casa a noite?

“Pintamos, conversamos, assistimos filmes… falamos sobre arte, música.”

Bom!

“As pessoas têm uma opinião sobre mim sem me conhecer. Eu nem sei exatamente o que elas pensam. Eu sei que elas sabem meu nome, conhecem minha música e as amam ou as odeiam. Mas tenho que admitir que minha vida complicou bastante quando tentei entender como as pessoas me vêm. Eu simplifiquei minha vida, e agora sou abordado por pessoas. Mas, eu não espero mais que as pessoas me entendam.”

Você se sente mal interpretado por quê?

“Eu não sei se as pessoas me entendem. Eu não quero chocar, confundir, eu faço porque só assim as coisas mudam. Uma vez que compreenderam você, isso significa o fim. Não é mais um desafio.”

Você se entende?

“Eu sempre me vi como uma pessoa reflexiva. Eu nunca entendi por que me maquiava e usava seios falsos em uma capa de CD, até que lembrei que minha mãe me fazia usar perucas e meu avô foi travesti, eu não entendi naquela época. Talvez tivesse algo a ver com isso”

Você foi a um psiquiatra?

“Eu não sou contra a psiquiatria, sou a favor do estudo da alma. Ninguém pode decidir por mim quem eu sou, ou quem eu deveria ser. Apenas eu decido sobre isso. Você tem que acreditar em você e ser confiante. Se você não é, tudo se desfaz. Se você não fizer nada apenas por que não acredita em si mesmo, você é um otário.”

Como você se sente agora?

“Feliz pra caralho.”

Você também se estabeleceu como artista / pintor / desenhista. Se essa fase da sua vida fosse um quadro, como ele seria?

Durante a gravação deste álbum eu pintei bastante. Mas eu não tinha cores, pintei com tintas de tatuagem que meu tatuador deixou aqui. A pintura poderia ser preta e branca. Talvez com um pouco de vermelho. Essas três cores uma expressão muito forte. É por isso que sempre prefiro mulheres com cabelos pretos, pele branca e lábios vermelhos. Sim, preto, branco e vermelho. Mas o vermelho não seria uma cor, mas sangue.

Fonte; Mansonbr

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